domingo, 5 de fevereiro de 2012

Freira beneditina faz campanha contra a vacina da gripe A H1N1

A irmã beneditina espanhola, Teresa Forcades, doutora em medicina, começou um movimento civil na Internet para impedir que a vacina contra a gripe A H1N1 seja obrigatória e contra a gestão da doença.

Em um vídeo que a Dra. Teresa Forcades postou na rede há um chamado à participação popular para que ninguém possa ser forçado a ser vacinado na Espanha e para que aqueles que sejam vacinados não percam seu direito a exigir responsabilidades se sofrerem efeitos colaterais.

A reportagem é de Gaspar Hernández, publicada no sítio Religión Digital e no jornal catalão El Periódico, 08-10-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A Dra. Teresa Forcades é autora de "Los crímenes de las grandes compañías farmacéuticas", um livro em que denuncia como o poder político e econômico que as grandes empresas farmacêuticas adquiriram serve-lhes para garantir enormes benefícios econômicos, mesmo às custas da saúde da população.

A freira e doutora explica que a vacina contra a gripe AH1N1 é obrigatória por causa da declaração de pandemia por parte da Organização Mundial da Saúde, já que, segundo lembra, desde 2005 a OMS pode dar ordens aos governos sobre vacinas em casos de pandemias.

A Dra. Teresa Forcades explica em seu vídeo, em espanhol, legendado em português, que "a nova gripe"não é nova porque é do tipo A, nem por ser do subtipo H1N1. A única coisa que é nova é pertencer à cepa S-OIV.

Ela lembra que a epidemia de gripe de 1918 foi do tipo A H1N1 e que, desde 1977, os vírus A H1N1 fazem parte da temporada de gripe de cada ano.

A religiosa destaca que, desde que essa enfermidade começou a ser detectada em abril de 2009 e até o dia 15 de setembro de 2009, morreram 137 pessoas na Europa e 3.559 em todo o mundo, quando, por sua vez, por causa da gripe estacional, falecem entre 40.000 e 220.000 pessoas/ano.

Multiplicação de efeitos secundários

A doutora também alerta que a maioria dos laboratórios projetam vacinas em duas doses, que devem se somar à vacina da gripe estacional, algo que nunca se fez e que multiplica por três os possíveis efeitos secundários.

Ela também revela que os laboratórios que fazem vacinas usam coadjuvantes muito potentes para estimular o sistema imunitário, e que a vacina que o laboratório Glaxo-Smith-Kline está fabricando contém um, denominado AS03, que multiplica por dez a resposta imunitária, o que poderia provocar doenças autoimunitárias graves ao cabo de um tempo.

As empresas farmacêuticas, segundo essa freira, estão exigindo que os Estados firmem acordos de imunidade para que, em caso de as vacinas terem mais efeitos secundários do que os previstos, a indústria fique isenta de toda responsabilidade.

Leia a entrevista abaixo, e/ou assista o vídeo, em espanhol, com legenda em português.

O que faz uma freira falando na Internet sobre os perigos da vacina da gripe A?

Nossa regra prescreve cinco horas de oração e seis de trabalho. Ora et labora. Eu dedico as horas de trabalho em parte à pesquisa médica. Sou doutora em medicina e, em 2006, publiquei o estudo "Los crímenes de las grandes compañías farmacéuticas".

Quando decidiu que tinha que falar sobre a gripe A?

Em maio deste ano, me pediram uma conferência sobre a vacina do papiloma e fiquei muito impactada pela falta de base científica das recomendações oficiais. Ao final de alguns dias, falei com na TV-3 sobre essa vacina e, a partir daí, fui recebendo pedidos para que opinasse sobre a vacina da gripe A.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não merece confiança?

Não entendo os motivos que levaram a OMS a atuar da maneira absurda que está agindo.

Absurda?

Sim. Em maio passado, a OMS mudou a definição oficial de pandemia: passou de uma definição lógica (uma pandemia é uma infecção de alcance global e de grande mortalidade) para uma definição ilógica (uma pandemia é uma infecção de alcance global).

Que consequências tem essa mudança?

Segundo a nova definição de pandemia, a gripe de cada ano cumpre com acréscimo os requisitos para ser pandemia. Vamos declarar o mundo em alerta sanitário a cada outono? Além de absurdo do ponto de vista científico, isso tem graves consequências financeiras e políticas.

A senhora não confia na vacina. Por quê?

Diferentemente da vacina da gripe de cada ano, a vacina da gripe A contém substâncias coadjuvantes tão potentes que podem chegar a multiplicar por dez a resposta imunitária normal. Além disso, ela é recomendada em duas doses, que devem ser recebidas após a injeção da gripe estacional, que também contém coadjuvantes, mesmo que de menor potência. Nunca antes se injetaram essas substâncias três vezes seguidas na população geral, começando por crianças, doentes crônicos e grávidas.

Que efeitos pode provocar?

A estimulação artificial do sistema imunitário pode provocar doenças autoimunitárias. O mesmo prospecto de duas das vacinas da gripe A que foram aprovadas na Europa (Pandemrix e Focetra) indica que se espera que, de cada milhão de pessoas vacinadas, 99 podem experimentar uma doença autoimunitária conhecida como paralisia ascendente de Guillain-Barré.

Se isso acontecer, as indústrias farmacêuticas irão receber denúncias...

Mas nos Estados Unidos já foi aprovado um decreto que exime os políticos e as indústrias farmacêuticas de toda responsabilidade.

A senhora sugere que as indústrias farmacêuticas trabalharam irresponsavelmente?

O que fizeram foi trabalhar a favor de seus interesses.

Pode-se obrigar alguém a se vacinar?

No ano 2007, a OMS aprovou uma normativa que estabelece uma exceção. Em todos os casos, exceto um, a OMS emite recomendações e só em um caso ela pode dar ordens que invalidem a soberania dos países membros.

Esse caso é o da pandemia.

Exato. Em caso de pandemia, a OMS pode obrigar por lei que os países membros vacinem uma parte de sua população ou toda ela. Os governos desses países estariam obrigados, então, a impôr multas ou outras sanções aos cidadãos que se neguem a se vacinar.

A senhora acredita em conspirações mundiais?

Acredito que há interesses em jogo que não são o bem da população. Como justificar o dinheiro investido na aquisição de vacinas, se a gripe A é mais benigna do que a gripe de cada ano? Gastar tanto dinheiro em vacinas e em medidas profiláticas sem a base científica suficiente é um escândalo, e devem ser pedidas responsabilidades.

O que as suas coirmãs dizem sobre o vídeo e suas afirmações?

Uma irmã de quase 90 anos me objetou que o tema da gripe A era muito sério e que eu não podia falar contra a vacina sem ter argumentos muito bem fundamentados.

E?

Após ler meu informe, ela se aproximou de mim na saída da oração de Vésperas e simplesmente me disse: "Compreendido".

A senhora não tem medo?

Às vezes.

Reza muito?

Tanto quanto posso.

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